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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Violência a mulher



A violência contra mulheres  constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física.


Homens e mulheres são atingidos pela violência de maneira diferenciada. Enquanto os homens tendem a ser vítimas de uma violência predominantemente praticada no espaço público, as mulheres sofrem cotidianamente com um fenômeno que se manifesta dentro de seus próprios lares, na grande parte das vezes praticado por seus maridos e companheiros. Vale destacar que são múltiplas as formas pelas quais a violência se manifesta. De fato, o próprio conceito definido na Convenção de Belém do Pará (1994) aponta para esta amplitude, definindo violência contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado” (Art. 1°).


Tal definição é, portanto, bastante abrangente e abarca diferentes formas de violência, tais como:
i) a violência doméstica ou em qualquer outra relação interpessoal, em que o agressor conviva ou tenha convivido no mesmo domicílio que a mulher;
ii) a violência ocorrida na comunidade e que seja perpetrada por qualquer pessoa, compreendendo, entre outros, violação, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, prostituição forçada, seqüestro e assédio sexual;
iii) a violência perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorra (violência institucional). 













http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/areas-tematicas/violencia




A cor da pele define quem é vítima da violência


 A imagem não esta visualmente perfeita, mas o gráfico mostra a porcentagem de mortos NEGROS e BRANCOS em determinados locais. Onde no Brasil, ser um homem jovem e negro significa ser alvo preferencial da violência letal.



Taxa de vítimas de homicídios por raças, cada 100 mil habitantes (2003).
Negros: Gráfico Vermelho
Brancos: Gráfico Laranja

Observe que este gráfico foi elaborado em 2003, faz um tempo, e a violência aumentou atualmente, pode imaginar o tantos de omicideos que se realiza?

Via: Juliana Diegues









quinta-feira, 28 de junho de 2012

A escola e a construção da cidadania - o novo professor e o neo-esclarecimento

( Daniel Linhares Araujo da Silva )


A virada do século XX para o século XXI tem como fenômeno alarmante a busca por uma resignificação do conceito de cidadania. O termo que fora cunhado na antiguidade com a marca da tomada de consciência, em torno da participação ativa do cidadão visando a boa vida social, sofreu ao longo de séculos alterações conforme a cultura e a própria necessidade do indivíduo na sua procura por satisfação em viver e a sonhada dignidade.
A constante reflexão sobre a natureza da cidadania orienta para que esse termo tenha como pilar central a ideia de processo, o que delega ao cidadão um poder participativo crucial na construção do termo e, como as instituições devem participar com sua parcela de responsabilidade na cena social. Benevides  aponta que os cidadãos no regime democrático:
“não são apenas titulares de direitos já estabelecidos – mas existe, em aberto, a possibilidade de expansão, de criação de novos direitos, de novos espaços, de novos mecanismos. O processo, portanto, não se dá num vazio”.
Logo, se a cidadania tem como marca central o processo e a construção, e a mesma não se dá na passividade, mas na postura crítica e atenta a valores  fundamentais para o ser humano – uma vez que não há cidadania sem o reconhecimento de direitos humanos, sem a valorização do que o ser humano tem de mais precioso que é a sua individualidade, suas particularidades e autenticidade. Cabe perguntar, como se dará essa transição do conceito?, hoje tão urgente, visto que, se é um fenômeno, é um problema que cabe ao homem de hoje responder.
Talvez seja exagero, entretanto, o momento parece oportuno a um chamado, a construção universal de uma ideia ou movimento que  pode ser chamado pensado como um neo-esclarecimento. Em seu texto clássico  que reflete o ideal do ideário iluminista, no século XVIII, Kant apontou para o cerne da questão: o que é esclarecimento?
 “ Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele é o próprio resposável. A minoridade é a incapacidade de fazer uso do entendimento sem a condução de um outro. O homem é o próprio culpado dessa miniridade quando sua causa reside não na falta de entendimento, mas na falta de resolução e coragem para usá-lo sem a condução de outro”
Talvez, hoje, nosso desafio seja propor um neo-esclarecimento, no qual o homem do século XXI atinja sua maioridade ultrapassando a cidadania tal como vem sendo praticada, passiva – “aquela que é outorgada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor” . Somente superando este mote a cidadania será efetivamente construção e o cidadão criador de seus direitos.
Entender a cidadania e perceber o cidadão como criador de direitos é idealizar uma sociedade que visa a equidade, o respeito, a dignidade e a tolerância. São esses os ideais indispensáveis de um neo-esclarecimento e do cidadão do século XXI, que deve, por sua vez, sempre equiparar ou relativizar esses ideias com suas convicções políticas, religiosas, culturais, pois  nosso fenômeno da resignificação da cidadania é também uma busca de orientação ética.
Sem entrar no mérito das variadas correntes éticas, em especial o debate entre teleológicos e deotológicos, a carência de orientação ética atinge a própria cidadania quando deixa em suspenso o ser humano. Logo, atualmente, pensar num neo-esclarecimento é vislumbrar um processo de construção ativa e tomada de consciência de suas ações e o consequente reflexo no contexto social e que põe o ser humano acima de todos os interesses.
Destarte, na direção inversa de acontecimentos estapafúrdios que fazem com que o tema cidadania seja um problema e um fenômeno – como racismos, desigualdades de gênero, etnocentrismos, desrespeito à livre expressão da experiência estética, as descriminações pela opção sexual, identidade de gênero, a própria intolerância religiosa – faz-se necessária uma nova cultura onde a escola ocupa posição privilegiada.
Certamente a escola enquanto instituição política, de reprodução e manutenção da cultura e status quo, em muitas etapas do processo parece permanecer tão espantada, reflexo do estado de choque que atinge a própria sociedade. Mas se espera a resposta, seu aceno de transformação, a orientação que, não apenas multiplica nova cultura, mas a enraíza como paradigma.
É clichê a frase - “a escola é um microcosmo”,  porém, não inverídica, e isso se deve ao fato da escola ser o próprio lugar da diversidade e da sociabilidade. Na escola, desde a educação infantil, as diferenças se explicitam e desde então é necessário o trabalho da cidadania que percebe o outro e pede pela reflexão de como se deve agir, considerando que tudo que acontece no meio afeta também a cada um individualmente. Assim, a escola não pode trazer uma visão fixa do que seja a cidadania, mas promover aquela consciência crítica, que antes de emitir um juízo de valor, relativiza o fato à luz dos direitos universais do homem.
Nesta direção, o julgo do caráter, a aparência, a crença religiosa, nada disso seria um impeditivo ou fator segregador, pois se o ser humano é posto como fim, a educação cidadã deve fazer a justa apreciação. Essa educação deve perceber o quanto é infundado, o quanto se “mitologiza” as relações humanas, e orientar seus alunos e toda comunidade escolar a tornarem-se indivíduos autênticos, capazes de ingressarem em sua maioridade intelectual.
Necessita-se dessa educação e do professor atento a seu tempo e à necessidade de construção constante da cidadania. O professor mais do que um intelectual e independentemente de sua formação e do tecnicismo que o limita a sua disciplina, deve ser um anunciador desse processo. O professor antes de especialista deve fomentar a reflexão e, só assim, também, se dá o encantamento capaz de tocar a cada aluno.
Esse “toque” a verdade é o caráter mobilizador. Não se pode pensar que o professor é o único responsável pela completa mudança da sociedade. Isso seria transferir toda responsabilidade, que deve ser também assumida pelo Estado e pela família. Contudo, o professor é peça chave no processo a sua atuação alcança os indivíduos de tal forma que oferece visões para além da influência da mídia, da família ou religião. O que não tira a importância de quaisquer dessas instituições na construção da cidadania. Mas a escola é responsável pela abertura de novos habitus e campos existenciais  , mais que qualquer outra instituição social, sendo o professor um mestre que transmite conhecimentos e forma o cidadão.
Se a escola é então, espaço privilegiado, todos envolvidos no trabalho educativo necessariamente devem tomar parte no processo. Desde os funcionários com menor graus de instrução da escola, chegando aos gestores de todas as esferas. Todos devem se encarregar por combater toda intolerância, iniquidade e, lutar pelos direitos de todos terem direitos e assumir sua autenticidade. Deste modo, antes de qualquer intenção, a formação do ser humano e de sua capacidade crítica deve nortear o processo educativo.
Ora, se buscamos cidadãos melhores, que se permita a chance de se exercitar isso, incitando a participação, a convivência, o debate, a possibilidade da participação em todos processos deliberativos na comunidade escolar. Para que a escola se torne de fato promotora da cidadania, é preciso internalizar e praticar a cada dia aquilo que fora idealizado por Aquino : “escola é por excelência a instituição da alteridade, do estranhamento e da mestiçagem – marcas indeléveis da medida de transformabilidade da condição humana”.
Neste processo, torna-se indispensável a valorização das áreas humanas, em especial filosofia e sociologia, ainda oferecidas precariamente nos currículos. Espera-se, que para um neo-esclarecimento, tomemos cuidado e carinho para que nos cursos de formação de professor, desde a modalidade normal, o futuro professor perceba a cidadania como principal motivo da educação e lute para que a ordem não se inverta como vem acontecendo nos últimos anos. A educação escolar deve transmitir conhecimentos e conteúdos curriculares, bem como preparar para o mundo do trabalho, mas que não se perca sua essência que é a formação para a cidadania.

Reflexões sobre a inclusão



(Viviane do Nascimento Esteves)


A educação de pessoas com deficiência tem mudado de orientação ao longo dos anos, de forma que, o que antes era visto como educação especial hoje é visto como educação inclusiva. Essa é uma diferença que reflete mudanças de como a sociedade percebe as relações humanas e aponta para um futuro onde todos nós possamos lidar com todos os tipos de diferenças de forma natural.
Essa mudança de perspectiva faz com que hoje, alunos com deficiência, estudem em escolas regulares e não mais em escolas especiais. Essa simples mudança faz com que todos nos, professores e alunos, possamos aprender a lidar com as diferenças, repensar e recriar novas práticas educativas que possam atender a diferentes objetivos em alunos que encontram-se em diferentes níveis de desenvolvimento.
As atividades verdadeiramente inclusivas são necessárias e indispensáveis para a aprendizagem de todos, aprender a ser, fazer, pensar e aprender, são os novos desafios que impulsionam a capacidade de criar e buscar soluções.
Na antiga perspectiva da educação especial, as crianças que não tinham acesso a escola especial e ficavam (ao invés de estudar) em escolas regulares, recebiam (ao invés de participar) atividades diferenciadas. Buscava-se com isso um processo de adaptação desses alunos onde a escola era vista como uma instituição fechada em um molde pré-determinado (as ditas formas, sem acento diferencial) e onde os alunos é que deveriam se adaptar.
É importante ressaltar que as instituições de educação especial é que abriram as portas para que hoje possamos pensar e construir uma educação inclusiva, pois até o século XIX pessoas com deficiência eram excluídas de qualquer tipo de educação formal e marginalizadas da sociedade. As famílias envergonham-se de seus filhos portadores de deficiências e os segregavam de qualquer convívio social. Se pudéssemos voltar em um tempo ainda mais remoto, na antiguidade, veríamos recém-nascidos com deficiências serem mortos pelos próprios pais ou abandonados na selva para que fossem mortos. infelizmente nos dias de hoje também podemos ver mães que abandonam seus filhos com deficiência ao nascer e pais que deixam a família quando a mulher dá a luz a uma criança especial. O preconceito existente na sociedade e a falta de informação faz com que esses pais abandonem seus filhos com medo de enfrentar as barreiras que a vida lhes impõe.
Por outro lado, o movimento e a 1uta pela inc1usão tem se demonstrado cada vez mais forte em todo o mundo, e pais cada vez mais dedicados estão demonstrando para a sociedade que seus filhos podem levar uma vida digna e plena apesar das desvantagens que a deficiência lhes impõe, desde que hajam esforços para romper com essas barreiras.
Nossa Constituição de 1988 assegurou a todas as crianças brasileiras o direito de "ser diferente" instituindo como um dos princípios do ensino a igualdade de condições de acesso e permanência na escola (C.F. art.206, inciso I). Elegeu como fundamento da nossa Republica a cidadania e a dignidade da pessoa humana (C.F. art 1.º, incisos II e III), e como um dos seus objetivos fundamentais [...] a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art.3°, inciso IV) adiantando-se a declaração de Salamanca, que preceituou, em 1994:
[ ] " todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam incluir todas as crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade [...] As escolas têm que encontrar uma maneira de educar com êxito todas as crianças, inclusive as que tem deficiências graves. "
A promoção da educação inclusiva esta fundamentada no princípio da universalização do acesso a educação e na atenção à diversidade, e requer uma filosofia de educação e qualidade para todos. Na busca desse pressuposto é essencial o desenvolvimento de uma pedagogia centrada nas relações de trocas sociais, ampliação da participação da família e comunidade nos espaços educacionais, a organização das escolas para essa participação, a organização das escolas para a participação e aprendizagem de todos os alunos e alunas e a formação de redes de apoio a inclusão.
Sendo assim, o movimento pela inclusão se constitui numa postura ativa de identificação das barreiras que alguns grupos encontram no acesso `educação e também na busca dos recursos necessários para ultrapassá-las, consolidando um novo paradigma educacional na construção de uma escola aberta as diferenças. 
Entretanto, é necessário se tomar o devido cuidado com os processos de diferenciação. Muitas vezes, escolas com intuito de acertar, acabam tomando caminhos equivocados e caindo em armadilhas na busca em construir uma pedagogia inclusiva.
Diferenciar para incluir não só é possível como necessário. Um aluno cego que utilize um computador em sala de aula não está sendo excluído ou diferenciado do grupo, visto que o computador é a ferramenta que lhe permite participar das aulas com mais autonomia e reduz as barreiras entre professores e aluno, tornando-se um meio eficaz de elaboração de trabalhos que possam ser entregues diretamente ao professor da disciplina, sem necessitar de transcrição. Diferente do que ocorre com o sistema braille. 
Nesse caso, o direito à igualdade está resguardado, pois tratar com igualdade não é tratar de forma igual aqueles que encontram-se em situação de desvantagem, é tratá-los de forma diferenciada afim de igualizar ou diminuir as desigualdades. Essa diferenciação é útil, não segrega e diminui barreiras ao aprendizado. Totalmente diferente de alunos que são diferenciados por participarem de programas de reforço escolar ou atendimentos individualizados. Esses programas acabam restringindo conteúdos e oportunidades, e acabam sendo ajustados e individualizados sempre com a pretensão de que podemos decidir sobre o que esses alunos tem ou não capacidade de aprender. Essa tendência não reflete uma pratica verdadeiramente inclusiva. Embora muitos pensem que essas diferenciações são inclusivas, pois do contrário os alunos não estariam tendo suas necessidades e especificidades atendidas. Na prática, demonstra uma tentativa de customizar o processo educativo e a exclusão se manifesta. Sendo assim, esses programas devem ser considerados discriminatórios.
Em busca de uma prática verdadeiramente inclusiva é necessário se pensar em uma pedagogia da diferença, que já é inclusiva por natureza, trazendo grandes mudanças para a sala de aula, diminuindo a função do professor como detentor do saber e deixando espaço para que a criatividade e as descobertas se manifestem a partir das experiências e buscas dos próprios alunos. Todos devem aprender a ensinar em um ambiente escolar caracterizado pela diferença. Os conteúdos devem ser disponibilizados para todos, e as atividades sempre diversificadas e de livre escolha. Assim o próprio aluno poderia customizar seu ensino, ao ter em suas mãos o caminho que traçará para aprender.

Bibliografia
BRASIL. Constituição federal. Brasília: Senado Federal, Centro gráfico, 1988.
MAYOR, F. Declaração de salamanca. Linha de ação sobre necessidades educativas especiais. OREAL/UNESCO. Brasília: CORDE, 1994.
MANTOAN, Maria Tereza Egler. Um contraponto necessário. LEPED/IJNICAMP
Política de Educação Especial. Na perspectiva Inclusiva. SEESP/MEC (2008)





Preciso descrever algo?


Simplesmente uma imagem descreve tudo.
Tanto a mulher e homem tem seus sonhos, o sexo não define se poderá ser realizado ou não.







 Toda mulher e homem deve ser tratado igualmente, tanto sendo bissexual, homossexual ou heterossexual.





 Via: Juliana Diegues

Charges de alunos































Conteúdo do professor Daniel.

















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